Aqui, só,
neste lugar de ninguém
onde amanheço,
choro a cruz
com que me deito,
a face húmida, sem brilho
deixa transparecer
a lua faz-me sonhar,
enquanto os olhos se esgueiram
nos pontos cintilantes
fazendo a memória girar
como se não se quisesse esquecer
de todos os lugares onde um dia te
amei,
o sonho reparte-se entre alegrias
vividas,
realidades sofridas,
e uma sentença que me consome e
afunda,
às vezes sinto o lábio tremer,
os olhos rasos de água
quase se afundam neste entristecer,
passeios delicadamente
enquanto o corpo se ajeita
para de novo voltar a adormecer....
by me ANA BÁRBARA
2012/12/11
(Imagem retirada da net)
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