PARTE DE MIM....

PARTE DE MIM....
(Reprodução proibida sem autorização do autor. Todos os direitos reservados.)

terça-feira, 31 de agosto de 2010


NÃO SEI….NUNCA ME ENCONTREI

Tudo é possível, só eu não sei
Talvez porque nunca me encontrei

Há homens sorridentes
Mulheres pendentes,
Pensamentos fugazes
Faces de fogo
Corpos rígidos
Impossíveis talvez

Não digo nada
Nada expresso
Espero no meu canto
O canto do galo
Não peço perdão
Deposito no toque
A esperança fatal

Desdém por alguém
Cantares, sermões
Correrias, desilusões,

Túmulos que nascem
Sobre cidades que se desfazem
Flores que desconheço
Mil faces se reproduzem
Dentro de uma puberdade
Enjeitada sem rumo

Fio de prumo rectilíneo
Encurtado pela vida
Devastada onde cachoeiras
De quase nadas
Servem de leito

No meio do caminho,
Uma pedra
Erva daninha que corrói
Alma minha
Não sabendo nunca
O que fui, quem sou
E,
Para onde vou
By me Ana

INCERTOS


INCERTOS…

Na tentação
e
na ilusão
Mora
A desgraça do que
Se
Passa
Será que faz
Sentido
Ter
A
Certeza
Ou
Viver
Com
A
Esperteza
Será
Demência
Pobre criatura
que
Transporta
Na alma
A palma
De uma
Vida
Mão??
Será ou não!!!!!!!!
Premente
Esta ilusão
Onde por mais
Que brilhe
O sol
Nada muda
Apenas se
Eterniza
A
Vivência
Desmedida
Da falência
Outrora
Conseguida
Formada pelo
Espartilho
Desta
Sociedade
Agridoce
By me Ana
( está escrito desencontrado, qd é publicado não fica na mesma forma)

procurando...


PROCURANDO…

Procuro uma alegria
Num canto da vida
Sentida e vazia

Recordo o passado
Olhando o presente
Brindando ao futuro
Em jeito inocente

Contemplo o voo do pássaro
Finjo as alegrias
Roubo uma laranja
Ficando de mãos vazias

Abraço cada ramo
Vergo o corpo
Mesmo por engano

Construo alicerces
Moldando o vento
Ouço as multidões
Percebendo as suas razões

Sou naufrega dos sonhos
Sou peça inacabada
Sou gente que sofre
Não encontrando
A verdadeira estrada
By me Ana

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

No mesmo banco....


No mesmo banco ….

Confronto de duas gerações,
de pouco servem os sermões,
são lêvedos os pensamentos,
são trôpegas as emoções,
e, nesse mesmo banco
se confrontam os corações....

à medida que o relógio avança
o corpo perde toda a esperança,

cozem-se refúgios,
deitam-se as amarguras
rompem-se os sonhos

do pouco que resta
nem o conforto se sente
aos poucos o corpo
também mente

só, dentro de uma pele rígida
almejando um sorriso,
uma palavra quase esquecida
dentro de uma vida vencida,

já nada importa os sentimentos
mecanizaram o olhar
a céu aberto sente-se
o arrastar dos passos,
e, numa acalmia quase doentia,
ouve-se um debulhar repartido
do que servirá de jantar...

by me ana

domingo, 29 de agosto de 2010

Um simples toque de mão


Um simples toque de mão

Amar
no enrolar do corpo
sentindo o paladar do toque

rasgando a pele gasta
esventrada pelas derrotas
esquecidas no frio de cada esquina

sorte
poder sentir o calor
de um amor fervilhando
numas veias já ressequidas
por todos esquecidas sob súplicas mudas

mudas
as palavras imaginadas
que sangram sobre um corpo moribundo

moribundo
o mundo que vive onde a morte
espreita a cada esquina esquecendo
o corpo outrora de menina as larvas
fazem banquete sobre um velho torniquete

medo
sem guarida foge da vida
sem vida foge da morte
que espreita e nem a sua mocidade respeita

sabor
de um desejo sem medida
o mesmo que desenfreadamente
lhe roubou a mente e em silêncio
num toque quase moribundo rasteja
trocando um olhar esperando pela compaixão
de um simples toque
de
mão.....

By me Ana

Contramão


Contramão

Olhares cegos de gente bem vestida
que a seus olhos pouco importa
se o velho trapo tem, ou não, guarida

indiferentes calcorreiam seus caminhos
os mesmos que formam desalinhos
nuns pés já trôpegos e velhinhos

sem raiva ou presunção o corpo
se alinha em cada monção

será que dói a alma
será que caminha
com calma
ou será que a inércia
já lhe corroeu a alma

pouco importa o seu retrato
já desfigurado, mantém
os traços da dura realidade
esventrada numa sociedade
que a olha sem a ver

quem sabe se um dia
a audácia toma forma de gente
lhe amacia a mente
e, ela passa bem de frente
dos olhos dos que hoje
julgam ser gente

enquanto isso, uns e outros
caminham a passos largos
pisando o mesmo chão
não importa quem são
nem tão pouco olham
quem lhes estende a mão
vivem a vida em contramão
By me Ana

sábado, 28 de agosto de 2010

Como dizer-te....eu gosto de ti


Como dizer-te....eu gosto de ti

não sei as palavras correctas
nem tão pouco sei se elas existem
apenas sei, que te queria dizer
gosto de ti

queria poder contar-te um segredo
correr para ti dizendo baixinho
o quanto gosto de ti

estender os braços
sentir os teus abraços
colar o meu rosto ao teu
e dizer-te, amor meu

sentir os teus lábios
beijar-te enquanto o vento corre
sentir a tua pele na minha
e poder dizer-te baixinho
alma minha

queria gritar, queria sentir
queria apenas poder
ondelar o meu corpo no teu
sentindo cada batida no meu

há!! se o tempo parasse
se as horas eu não contasse
e o meu caminho não fosse
tão diferente do teu!!!
talvez nos pudesse-mos
encontrar sem demoras
o teu corpo eu pudesse beijar
e tu no meu adormecer
até o dia alvorecer....

apenas te queria contar um segredo!!!
by me Ana 2010/08/28

domingo, 22 de agosto de 2010

FOGO...PAIXÃO


FOGO...PAIXÃO...
Há quanto tempo arde este fogo
intenso dentro de um corpo
que escorre paixão,

quanta saudade de um olhar
quanta saudade no meu imaginar
fantasias trituradas de ousadias
quase censuradas,

foge o olhar para a razão,
foge o tempo deixando
um rasto que incendeia
a cada passagem,

que agradável luxúria
este salivar de desassossego
quase transbordando
o doce e sensual desejo

os lábios molham-se a cada
imaginar transmitindo
fagulhas no seu olhar,

quanta generosidade
deambula fustigando
o pensamento que quase
sem tempo enfeita
o sorriso, deixando
o sexo húmido de desejo

é tempo de apagar o fogo
que ignorando as súplicas
numa luxúria divinal
amassa os corpos sedentos,

tudo pára...
os barulhos deixaram de
fazer sentido, ofegantes
tocam-se os amantes
uma e outra vez
saciando com avidez
os néctares que escorrem
em cada dedilhar
de suas intimidades
tatuando assim
suas almas.....
by me Ana

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Eu...Pedinte


(imagem publicada por Nuxk - Muy Danado)


Eu...Pedinte...

A destreza com que se movem
contrasta com a fome que escorre
pelos rostos,
abocanhados pela selva de pedra
respiram o pó cinzento
onde outrora foram
gente,
gestos lascivos de pensamentos
alheios ao seu sofrimento
passam num gritar estridente,
grita o padeiro,
grita o leiteiro,
grita o talhante diante do padeiro
há!!! se pudessem
soltar todos os gritos
malditos perante a fome
do mundo inteiro,
os pés de pele grossa
contrastam
com a carapaça de quem
passa,
degustando a dura
carcaça,
dentro de uma nudez
gritante,
passa a madame
que nos seus imponentes
saltos quase lhe rompe
a pele,
cospem labaredas,
acendem tochas,
derramam lágrimas,
dormem sobre camas
de pedras,
comem onde as lagartas
os desprezam
e,
num corre, corre frenético
seus olhos
cantam alegrias,
canta o cauteleiro,
foge o polícia,
grita o peixeiro,
contrastes de vestes
nas pontas de um mundo
cruel,
onde seus corpos mais nada
valem,
corcomidos pelo
tempo, esperam de mão estendida
a caridade de quem passa.....
by me ANA

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

CONTEI AS HORAS



Contei as horas

e se as horas estiverem
certas!!!!
como farei para
voltar a amar,
se o tempo escasseia
levando consigo
a frescura que resta
na brisa do mar,

soltei o cabelo,
coloquei as cartas
na velha mesa,
despi o vestido
voltei a ser mulher
dentro de uma pele
sem juízo,

retirei o rótulo
cobri o rosto
senti por momentos
o gosto do sol
posto,

comunguei com o espaço
sem pensar naquilo que
faço,
sujei as mãos
de carmim
com fome de pão
sentei-te junto a mim,

praguejei,
por não encontrar
soluções
enquanto isso
as horas galgavam
corroendo nossos
corações,

senti o fecundar
da terra,sem medo,
toquei-a com o dedo,
voltando o prazer
de por instantes
saber que ser mulher
é uma dádiva com sentido

acalmei sem mais recear
as horas, percebi que o tempo
guarda as nossas
memórias,
deixando os caminhos
abertos
os sentidos despertos
e sentimentos
em todas as nossas
histórias,
BY ME ANA

ENTRE UMA CHÁVENA....



Entre uma chávena de café

Entre uma chávena de café e dois dedos de conversa,
sentados á lareira ouço os acordes de um violão, o mesmo
Que me desperta, os sentidos em cada entardecer…
entre dois dedos de conversa peço-te com toda ternura
e doçura um café….
Palavras simples, saídas de lábios pintados de carmim
os mesmos que beijas sem sentir, ou tocas fechando
um labirinto de aromas perdidos no tempo….
Entre uma chávena de café e dois dedos de prosa a mesma prosa
que nos envolve e espalha os aromas remexendo no passado
Recordações, frases, pensamentos vividos ainda ensonados,
mas que resistiram no tempo, o mesmo tempo que nos envolveu, aprazeirou
Ou fez acreditar que por um dia valeria a pena destrancar a porta,
a mesma que agora se fechou, perante a nossa terrível insensatez….
nos Vibratos conseguidos em tempos desconcertados ….
Entre uma chávena de café e dois dedos de conversa, em silêncio
o sol foi invadindo o espaço, o nosso espaço, alheios a tudo
Continuamos saboreando cada baforada sem ansiedade, remexendo cada bordo
Vezes sem conta, na esperança de inventar um novo tempo, uma nova
sensualidade uma esperança, uma nova esperança que não ficasse
apenas emoldurada nas palavras, fustigadas pelo passar do velho tempo….
Esfriou o café, esfriaram as palavras por entre sopros tímidos de um vento
Levante, confortavelmente lá se foi dizendo o que não se queria,
compondo cada nota por entre dedos de alegria, sobrevivemos
Aos esquecimentos, tornámos possível esse sonho nesta junção dialéctica
Sobraram projectos…vidas…serenidade talvez porque tudo o que mais importa
Seja o destino…o nosso destino….Envolto neste cheiro de café remexido
Com canela em cada acordar de um novo futuro…o nosso futuro…

BY ME ANA

EMBEBEDAR DE ALMA

EMBEBEDAR DE ALMA

O corpo manteve a posição fetal
nada tinha mudado
tudo estava tal e qual,

os olhos procuravam
uma desculpa para
se abrirem
jorravam a dor
da noite anterior,

sem qualquer aparência
tinha a braçado as horas
e fustigado a alma
sem pena ou demoras,

embebedou a alma
com calma,
sem pressa,
alagando o coração
de sentimentos,
tinha transbordado
deixando apenas
a saudade escorrer,

mais uma vez
seus olhos percorreram
o pequeno espaço
na ânsia de ter
aquele abraço,

depressa sentiu
o alagar da solidão,
o rasgar
do coração,
a desilusão
que se aflorava
perante seus olhos,

aconchegou o corpo
colocou os braços
vazios ao seu redor
deixando-se
levar na bebedeira
de mais um acordar

amanheceu.......pensou.....
by me ANA

domingo, 15 de agosto de 2010

QUATRO PAREDES

Quatro paredes

quatro paredes
de solidão
em que se vive uma vida
com toda a sofreguidão,

quatro paredes
garrotadas de pequenos
nadas,
pinturas do meu mundo
sem som, descoloridas
despojos de outras vidas,

flutuo sobre momentos
alguns,
também foram tormentos,
soluços,
misturas de cores
pintadas de amores,

descubro nas paredes
pinceladas de nadas,

poços de ilusões
que bailam em meus
olhos,
emoções, recordações
sons inesgotáveis
escorrem pela
face,
a mesma
que ano após ano
se inebria
com a falta daquela
maresia,

quatro paredes
recheadas de vida,
histórias únicas
que enlouquecem
por tanta rudeza,

uns, passam,
outros, fazem que olham,
outros ainda
que ignoram,
no fundo,
mais não somos
que pura brincadeira

dentro de quatro
paredes
pintadas com a história
de cada vida.....
BY ME ANA

BECO DE LUZ

BECO DE LUZ
 
as pernas movem-se
num arrastar de pés
quase sem sentido,
 
olha-as tentando
rasgar o seu lembrar
já nada faz sentido
são apenas mais
umas pernas dentro
do seu vestido,
 
outrora teriam
brilho,
luz,
eram umas pernas
com alma
no seu seduzir
de calma,
 
ganância de uma vida
furor espevitado
dentro de um
mundo,
revoltado,
 
no mesmo beco de luz,
a mesma luz que hoje
lhe ilumina cada
passo,
desviando o olhar
de cada embaraço,
assim,
vai garrotando cada
passo,
num caminhar
sem compasso,
 
impinge a mordaça
esperando
na luz
aqueles que no
beco passam
e que ela
assim seduz.....
by me ana

sábado, 14 de agosto de 2010

FOGO

ogo

na calada da noite
surge um fogo
que serpenteia
fazendo seu corpo
se desnudar

trémulo de desejo
despe-se devagar
escorregando nas
tábuas frias que
lhe servem de sentar

aos poucos os espasmos
tomam forma
dentro de um jogo
de prazer, explodindo
a cada pensar de toque

o sexo pulsa no branqueado
do tecido que lhe cobre
o gemido, move-se quase
em surdina num gemer
enlouquecido

aos poucos o tempo
fica perfeito dentro
de uma sensualidade
intensa, quão intenso
é o seu pulsar,

perfeita a noite
perfeita a mente
que sem toque
apenas se sente...
by me Ana

( feito para uma foto)

Blutengel - A little Love

SEM RETORNO



SEM RETORNO

as vozes fazem-se ouvir
na penumbra da noite
ao longe os passos apressados
denotam a fraqueza
do corpo, leve, mas cansado
no seu arrojar de pés,

os lamentos há muito esmiuçados
dentro de um orgulho já gasto
eternizam laivos de momentos,
alguns ainda quentes,
dentro de uma memória
transtornada pela bebida,

o cabelo, solta-se em pequenos ais
os mesmos que lhe devoram a alma
onde já nada lhe causa constrangimento
nem sequer algum aborrecimento,

há muito que se quedou,
dela pouca gente se lembra
ou sequer recorda, apenas sobrou,

agora, o corpo franzino
e gasto pelo tempo devora
as sobras insanas que pairam
sobre a luz pálida de um candeeiro
velho, reflectindo a imagem gasta
e translucida que é seu corpo,

abstratos momentos
velhos e gastos pensamentos
que em debandada lhe
fogem sobre um olhar
morto e passivo,

sem retorno, pensa ….

num gesto mecanizado
ergue a mão e num desligar
de luz, esmorece com a dor
que lhe atravessa a respiração,
na outra, um copo teima
em se manter apertado
quão apertado está seu coração....
by me Ana

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

FIM DE NOITE

FIM DE NOITE..

Num abrir de braços
as hastes se fundem
no terminar de mais um dia,

cheira a verão
cheira a maresia
cheira ao derramar
de saudade
neste final de tarde

este silêncio que caí
faz-me perder os sentidos
ficando obsoleta
dentro de uma alma
de poeta

a luz quase que se apaga
o destino leva-me
nos braços da noite
ficando sujeita
a quem por mim passa
e assim vou ficando
nesta janela feita
de troncos de nadas
cheia de saudade
de uns olhos voltar
a encontrar...

BY ME ANA

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

PEQUENOS NADAS

PEQUENOS NADAS...

Lá fora o vento sopra
enquanto isso os pensamentos
são fustigados pelo passar do dia
estreitando nos becos
de pequenos nadas

instintos que se refugiam
por entre os degraus
de uma madeira já podre

corre o vento
ao mesmo tempo
que acena nos indistintos
gestos carcomidos
pelos cheiros do silêncio
onde nada acontece
e tudo se transforma

transborda toda uma vida
de ilusões, sentidos figurados
de distintos gestos, pequenos
apontamentos de diferenças

já sem volta
o tempo revolta
que diferença faz
se se acende a luz
ou se a escuridão
toma forma!!!!

ser feliz
dentro da metamorfose
surge o beijo
rapidamente sugado
pelo final de mais
um dia
arquivam-se as imagens
do tudo....surge o nada
mas nada foi em vão
foram-se as imagens
retornam as ilusões...
enquanto isso...apenas anoitece
BY ME ANA

sentido

Sentido

o meu corpo enche-se
de emoções
onde tudo se toca
tudo transborda pensamento

tudo agora faz sentido

a um canto do velho terraço
dispo-me dos preconceitos
elevo o olhar
e sinto o respirar do dia
leve
com todos os defeitos
mas livre dos olhares doentios

sentido

num mundo cruel
estagnado de ideais
surge o meu
mundo
livre, carregado
de esperanças
exorcizado dos meus
fantasmas, demónios
fresco dentro
das minhas memórias

onde a lágrima também caí
tal como a vida
por momentos se transforma
brigando dentro
de esperanças, rebeldes
mas gostosas

inspiro o ar já quente
e num soltar de cabelo
fervo as emoções
abro a janela para o mundo
deixando transparecer
sem medo
as emoções que vão
bem cá no fundo

sentir
uma forma de tocar
ver e amar
com ou sem lógica
apenas porque me apetece
tal como quando se tem
fome....eu sinto
e gosto de degustar
By me ana

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

sentir o sonho

Sentir o sonho

caminhando de mãos dadas
eu e o sonho compartilhamos
poesia
suavizando o viver
intenso de cada dia,

sinto a imaginação percorrer
o corpo, rompendo assim
sem esforço a realidade
que teima em madrugar,

sentir o sonho
penetrando, possuindo
cada hora sem tempo
iludindo a respiração
que se faz sentir
sôfrega de mais um
sonho existir,

secretos
únicos,
tão reais
no seu aceno,

hoje posso dizer
que senti a pele
em meu corpo,
posso até acordar
sem nunca
a beijar,
mas nesse
espaço que é só
meu
o sonho
transformo
em mil inocências
mesmo indecências
que sejam
são secretas
dentro de um
mundo
que é só
meu

sonhos , sentidos
jardins perdidos
dentro de mundos
desiguais
mas que fazem felizes
tantas gentes...
by me Ana