Amo-te,

inexplicavelmente continuo a amar-te

em silêncio, só,

até mesmo quando a noite caí

e o corpo não desperta

para ver as noites de lua cheia,

corro contra o tempo

carregando dentro do peito

uma saudade que quase me sufoca,

um desejo que não morre,

saltita nas pupilas

embriagando o olhar,

amo-te,

por entre soluços,

quando a face se enterra na almofada

e em surdina apenas este sentimento

e eu sem saber a razão deste tão bem querer...

não importa

se o tempo passa,

se envelheço,

se a pele enruga,

se o corpo deixou

te ter aquela frescura,

porque cá dentro

bate forte

este amor

que não morre

vive dentro de mim

mantendo aquela frescura

que os sinais do tempo

vão roubando sem piedade

porque 

inexplicavelmente

amo-te de verdade!

by me ANA BÁRBARA

2013/02/24