O
tempo amargura-me o olhar e...
...a
vontade de viver,
ficando
condenada a um desordenado
sofrer....
sou
eu e ela,
aquela
que me tortura
e
tantas vezes não me deixa
ao
menos respirar,
ou
por breves momentos
ver
o mar...
ambas
sentimos a mesma
vontade,
tantas
são as vezes
que
“ela” me lambe a face
as
feridas,
somos
cão e gato,
quando
estou quase a desistir
“ela”
sopra-me ao ouvido
aliviando
o meu sentir,
renova-me
em cada dia
dando-me
forças,
vagueio
ao sabor do vento
trazendo
no olhar
o
brilho de um novo amanhecer,
às
vezes perco-o
sentindo-me
desarmada,
quase
que derrotada,
tudo
entra em ebulição
o
coração dispara,
as
mãos gesticulam,
a
face contrai-se,
e
...num vai e vem de tempo
“ela
“teima....
trazendo-me
de volta à realidade,
mas....
choca-me
a vaidade,
a
ignorância,
idealizo
longas conversas
daqui
até ao imaginado
fim
de linha
com
“ ela” atravesso
as
horas,
faço
loucuras,
perco
a noção do tempo, a sanidade,
entre
uma pausa para um café
e
o restolho do dia
vivo-a,
ambas
procuramos um rumo
o
fio que nos conduza
a
bom porto,
por
entre toscas pinceladas
faço
escolhas...
umas
mais elaboradas
outras
são quase obrigadas,
mas
todas elas fazem parte de mim,
são
cerzidas ao pormenor
enchendo-me
a alma
de
vontade e persistência!
By
me ANA BÁRBARA
2012/05/11
(imagem retirada da net)
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