(imagem retirada da net)
Sinto-me nua,
exposta,
sinto-me quase sem resposta
a memoria atraiçoa-me
quando a saudade aperta
e em jeito de partida
os meus sentidos despertam....
exposta
perante as incertezas
sem razão
onde o mundo em comunhão
decidiu apedrejar-me
sem esperança
ou motivação....
sinto medo,
medo do tempo
das palavras
do romantismo perdido
sinto o meu ventre
pulsar, como se fosse invadido,
medo
das tempestades,
dos ruídos mal dados
da angústia dos dias
perdidos e não passados,
sufoca-me a “mea-culpa”
varrendo o pensamento
onde os sonhos se deturpam
as verdades não se dizem
e aos poucos se banem as vontades,
o exílio do olhar
fixa-se no horizonte perdido
nas lágrimas que não fazem sentido
espaços vazios de emoções
caixotes velhos cheios de ilusões,
no limiar do desespero
sinto frio,
porque a sorte nunca existiu
a porta continua entreaberta
o trinco já não bate
a grilheta enferrujou
tal como a vida
descoloriu ….
apesar da esperança
sempre medrar....
by me ANA BÁRBARA
2011/05/18
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