Regresso ao ponto de partida
vestida de nadas
coberta de outroras
onde não existe um sentido
uma rota
sou acolhida nos braços
da vida
onde o conforto não existe
a lágrima
persiste
e o abraço desespera
dentro dos silêncios
que corroem
a alma,
regresso do inferno
que contagia a vida,
um mundo
dentro de outro mundo
que acaricia a pele
no seu mais profundo
sentir,
manhosa esta manhã,
uma luta de momentos
brisas servidas em conchas
cestas de “ malmequeres”
onde sou jardineira
de um coração pintado,
semeio duras verdades,
espinhos que cobrem
este chão que piso
deixando os pés sangrando,
tudo se envolve,
o sangue que ferve
a dor que não passa
e eu....
sim! E eu!
Contradições de uma escalada,
lições de vida
que aprendo em cada dia
nesta escola que é o tempo...
o mesmo que nos devora
sem pena ou compaixão,
regresso.....ao ponto de partida
esperando que as sementes
deitadas agora por terra
floresçam
produzindo abraços
de felicidade
e audácia...
by ME ANA
2011/09/26
2 comentários:
Olá Barbara...
Felicito o regresso, enquanto te tento sentir nas letras. Um abraço tamanho do mundo...
este é lento, duro, com sabor a dor, mas ao mesmo tempo feliz, sim posso dizer feliz, afinal estou viva e isso é uma dádiva...olho-me e reconheço-me em alguns pontos, outros foram violados pela mesma lei que me permitiu manter a lucidez e essa é tão mais precisa do que os outros que me roubaram....o tempo cura tudo assim espero! bj meu querido amigo por me leres neste regresso e sempre com uma palavra amiga...bem hajas!
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