O que os meus olhos sentem
ou o que o meu coração vê
do espaço da minha janela,
são fitas que correm,
amores que passam,
sonhos que morrem
dentro da mesma vidraça,
o sorriso apaga-se,
a tez torna-se pálida
deixando-se de sentir,
já não existe espaço
para o coração bater
com a mesma emoção,
sobrevive neste correr
dentro da sua ilusão,
trago guardado no mesmo espaço,
os rostos, as fantasias, as alegrias,
as tristezas, a morte e a vida
tudo gira como um carrossel,
de dia sonho o arco íris,
de noite as incertezas
torturam-me num paladar agridoce,
desrespeito-me
negando as amarguras
que me violam o olhar
num suplicar incessante,
nada faz sentido,
neste mundo tresloucado
onde me sinto perdida
numa maldição de alma,
abro as vidraças,
o vento solta-me o cabelo
ao mesmo tempo que me fustiga a face,
preciso sentir que estou viva,
preciso de me encontrar,
preciso acima de tudo
de não perder a vontade
de saber e poder AMAR.
BY me ANA BÁRBARA
2012/10/27
(imagem retirada da net)
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