Rebolo o olhar
por ali,
por aqui,
enquanto o pensamento
te imagina,
vou deixando o corpo
escorregar,
às vezes assomo-o
no velho espelho,
fugindo de o olhar,
talvez te procure,
neste faz de conta,
não sei!
Já tentei perguntar-te,
mas, não te encontrei,
só mesmo, eu, o espelho,
e as malditas horas,
companheiras fiéis
que nunca me abandonam,
às vezes assomo o olhar,
e, delicadamente afago-te
enquanto sacio esta minha vontade,
adentro-a em forma de esperança,
os meus dedos moldam o teu rosto,
numa espécie de valsa sem compasso
dispo-te,
deixando que a imaginação
invada cada recanto,
enquanto a respiração ofegante
nos enamora....
by me ANA BÁRBARA
2012/10/19
(imagem retirada da Net)
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